Acompanhar os resultados em um estabelecimento de saúde é fator crucial para a sustentabilidade no longo prazo. Por isso, essa atribuição está na ordem do dia dos gestores. Mas, para que o bom desempenho seja mantido, é preciso tomar decisões acertadas, baseadas nos indicadores de gestão hospitalar.
Aliás, você conhece os principais indicadores utilizados em clínicas e hospitais? O tempo médio de permanência dos pacientes e a produtividade da equipe são exemplos que merecem ser citados. Porém, não basta saber quais são eles, é preciso entender a sua importância e como podem ser aplicados a favor da instituição.
Neste artigo, vamos mostrar o que são indicadores de gestão hospitalar, qual a sua importância, quais os principais e como ajudam clínicas e hospitais a tomar as melhores decisões. Entenda!
O que são indicadores de gestão hospitalar e qual a sua importância?
Indicadores de gestão hospitalar são métricas geradas para avaliar se os colaboradores e o estabelecimento estão atingindo os resultados esperados, de forma a contribuir com a satisfação dos pacientes, o lucro do negócio e, ainda, a imagem institucional. Para tanto, clínicas e hospitais utilizam ferramentas que apontam o desempenho de suas ações em períodos determinados.
Chamados também de KPI’s (Key Performance Indicator, em inglês), tais indicadores servem como uma referência para a tomada de decisões estratégicas em um ambiente de saúde. De acordo com a performance alcançada e revelada por meio dos números, é possível corrigir rotas ou continuar na mesma direção rumo ao sucesso das instituições hospitalares e clínicas.
O planejamento e o plano de ação de muitas empresas são baseados nos indicadores de gestão, pois eles apontam caminhos e tendências, de modo a colaborarem com a compreensão de determinados fenômenos inerentes ao contexto dos estabelecimentos de saúde. Tais dados podem ser cruzados, a fim de fornecer outras interpretações e informações valiosas às clínicas e aos hospitais.
Quais são os principais indicadores em clínicas e hospitais?
Veja, a seguir, quais indicadores de gestão hospitalar são mais utilizados e por quê!
Produtividade da equipe
Hospitais e clínicas que usam uma ferramenta para mensurar a produtividade da equipe conseguem identificar, por exemplo, quantos atendimentos foram realizados em determinado período, quais foram os procedimentos executados, quais salas e equipamentos foram utilizados durante o tempo de trabalho.
Dessa forma, os estabelecimentos têm condições de planejar melhor a execução de algumas atividades, determinando a hora mais adequada para procedimentos simples e complexos, a fim de otimizar o tempo de atendimento e a taxa de ocupação das salas. É possível, ainda, reduzir a ociosidade dos colaboradores.
Satisfação dos pacientes
O nível de satisfação dos pacientes pode ser medido de forma simples por meio de questionário. Muitos estabelecimentos adotam a metodologia NPS (Net Promoter Score), na qual é feita a seguinte pergunta: “Em uma escala de zero a dez, qual a probabilidade de você recomendar nossa instituição para um amigo ou conhecido?”.
Assim, conhecemos o percentual dos promotores (os que dão notas nove e dez), pacientes neutros (que avaliam entre sete e oito) e detratores (que atribuem seis ou menos). Inclusive, existem plataformas criadas para calcular o NPS de modo automático, o que permite aos hospitais e às clínicas mais agilidade no diagnóstico.
Porém, para saber como chegar ao resultado, basta subtrair o total de promotores por detratores e dividir pelo número de pessoas entrevistadas. De acordo com uma escala padrão, a zona de excelência está entre 75% e 100%, a de qualidade entre 50% a 74%, a de aperfeiçoamento entre 0% a 49/% e a crítica entre -100% a -1%.
Nível de ocupação
O nível de ocupação diz respeito à quantidade de leitos ocupados e ao número de pacientes atendidos por dia, dentro de um determinado período. Esses indicadores de gestão hospitalar são importantes para avaliar se o estabelecimento está operando acima ou abaixo da capacidade.
Afinal, leitos em falta sinalizam a necessidade de investimento, já em excesso apontam desperdício. Portanto, o ideal é manter o índice de ocupação em equilíbrio, levando em conta as opções extras e excluindo as bloqueadas. Chega-se ao resultado dividindo a quantidade de pacientes pelo número de móveis disponíveis por dia e multiplicando por 100.
Taxa de infecção
Sem dúvida, a taxa de infecção é uma das grandes preocupações dos gestores hospitalares e clínicos. Logo, há um grande esforço para mantê-la zerada, seja com o emprego de equipamentos de proteção adequados, seja com o trabalho de conscientização realizado para a adoção de boas práticas institucionais.
Tal KPI, portanto, é importante para mensurar se o índice de infecções está acima do aceitável, a fim de que o estabelecimento trace ações para evitar riscos à saúde de pacientes e colaboradores. É preciso considerar o número de pessoas infectadas, dividi-lo pelo total de atendidos e multiplicá-lo por 100 para obter o percentual.
Tempo médio de permanência
Os indicadores de gestão hospitalar englobam, ainda, o tempo médio de permanência dos pacientes, o que reflete a rotatividade do leito operacional. Para saber o percentual, é necessário incluir no cálculo o total de pessoas atendidas, dividido pela quantidade de indivíduos que receberam alta, foram transferidos ou vieram a óbito dentro de um período determinado e multiplicar por 100.
Tal indicador revela se as estadias estão longas ou curtas demais e aponta para a necessidade de investigar as causas (alta prematura e infecções contraídas durante o período, por exemplo). Ao analisar esse KPI, os gestores precisam levar em consideração os tipos de procedimentos executados e o perfil clínico dos pacientes, entre outros fatores.
Rentabilidade
A rentabilidade refere-se ao quanto à instituição ganhou com os recursos investidos em um período específico. Em outras palavras, é o índice que mostra qual foi o retorno sobre o investimento (ROI). Nesse cálculo, podem ser considerados o procedimento, a atuação de um profissional, o setor, a especialidade, entre outros enquadramentos.
Com o resultado fornecido pelo ROI, os hospitais e as clínicas saberão o quão produtivos estão sendo com o uso dos recursos. Portanto, se o nível encontra-se alto, significa que o estabelecimento está aproveitando bem as ferramentas ou os equipamentos disponíveis. Nesse caso, podemos dizer que o investimento traz resultados.
Faturamento
Avaliar o faturamento de uma instituição de saúde é essencial para garantir a sua sustentabilidade. O registro sucessivo de lucros indica que o hospital ou a clínica está no caminho certo, mas, quando o contrário acontece, é preciso investigar os motivos da baixa e delinear estratégias para reverter o quadro.
Vale lembrar que o controle de processos dentro dos estabelecimentos deve ser uma constante para frear desperdícios sem deixar de lado a qualidade dos serviços prestados, é claro. Uma boa ferramenta que aponte com clareza os dados também é necessária, pois trará mais confiança na tomada de decisões.
Agora, sim, você sabe quais são os principais indicadores de gestão hospitalar e a importância deles para os estabelecimentos de saúde. Os KPI’s são fundamentais para auxiliar no planejamento estratégico e na redução de falhas que comprometem a imagem institucional. Além disso, permitem avaliar o desempenho dos colaboradores, traçar planos de ação e corrigir rotas, se necessário.
Fonte: https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/quais-sao-os-principais-indicadores-de-gestao-hospitalar-confira/